Pesquisas em questão

Devemos pontuar que ao longo destas eleições as pesquisas apresentaram resultados muito estranhos numa análise objetiva, pois não é possível empresas chegarem a números tão díspares, considerando o mesmo lugar de amostras, mesmo avaliando as metodologias de cada empresa.

Charge publicada hoje pelo jornal FSP
ELEIÇÕES - Faltando um dia para as eleições, o instituto goiano, em matéria publicada pelo Jornal O Popular, aponta grande vantagem de Marconi Perillo (51,9%) contra Íris Rezende (43,6%), ou seja, uma margem de 8,3% à frente quase na hora do voto. Mas o que chama a atenção é que a pesquisa não consegue motivação para análises interna do diário, sequer os jornalistas da empresa faz qualquer menção aos números que são, teoricamente, definidores de quem será o governador do Estado. Chega-se a pensar que há confusão entre editores e jornalistas que não querem se arriscar em abarcar dados que não corresponderiam a realidade eleitoral.

No jornalismo existe um termo que define bem propostas mirabolantes de determinadas pessoas na política, o chamado balão de ensaio. Assim, quando alguém quer entender ou mudar as convicções da sociedade, sobre algum tema, faz algum jornalista amigo publicar uma matéria, que tenha repercussão e agende as outras mídias. Ou seja, coloca em debate um assunto. No caso da pesquisa, pode levar, aqueles que têm um pensamento formado na definição de seu voto, a ficar em dúvida sobre a diferença que separam dois postulantes a um cargo público. Em muitas circunstâncias alguns eleitores podem se decidir em acompanhar o consenso, ou seja a maioria, o chamado efeito do voto útil. Considerando a seriedade do Serpes este último levantamento não retrata esta análise aqui aventada.

Entretanto, numa comparação com os demais institutos, os números se mostram destoantes, pois na quarta-feira o Jornal O Popular publicou pesquisa do IBOPE que apresentava literalmente empate técnico: 46% Marconi e 45% Íris. Como as amostras são de apenas três dias de diferença os levantamentos apontam para posicionamentos diferenciados. Em essência o IBOPE percebeu crescimento de Rezende e queda de Perillo, enquanto que no Serpes a queda do tucano está na margem de erro, que é 3,1 pontos percentuais. É preciso cautela nestas horas, principalmente para aqueles que são formadores de opinião.

Devemos pontuar que ao longo destas eleições as pesquisas apresentaram resultados muito estranhos numa análise objetiva, pois não é possível empresas chegarem a números tão díspares, considerando o mesmo lugar de amostras, com atenção nas metodologias de cada empresa. No final, depois da apuração das urnas, a realidade aparecerá, com o devido questionamento, e a população saberá qual instituto tratou a opinião pública com respeito. Talvez a credibilidade valha mais do que interesses ideológicos e financeiros.

1 comentários:

Unknown disse...

"Talvez a credibilidade valha mais do que interesses ideológicos e financeiros." Isso me fez lembrar de "Garanta seu emprego que eu garanto minha dignidade"

Postar um comentário

Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.