Desta maneira, a batalha de Hugo Chaves e Álvare Uribe transcende a mera aparência dos riscos proporcionados pelas guerrilhas, que invadem territórios na região amazônica, colocando em risco a população regional.
CONFLITOS - Os enfrentamentos entre Venezuela e Colômbia fazem aumentar a divisão na América Latina envolvendo países que se posicionam em torno da independência econômica e manutenção política da região que, por séculos, convive com o domínio dos Estados Unidos e Europa. Com destaque nesta guerra estão Colômbia, que recebe apoio financeiro e militar do país norte americano, Peru e Chile agrupados em torno de uma economia globalizada e dependentes das nações ricas. Desta forma, uma provável ruptura política regional acarretaria prejuízos financeiros. Diferentemente destes ideiais se posicionam Venezuela, Brasil, Argentina, Bolívia e Equador que lutam pela automia política econômica. Desta maneira, o fechamento das fronteiras entre Colômbia e Venezuela somente expõe as diferenças, tendo as Farcs como o eixo central das discussões.
Sem o reducionismo da visão meramente econômica, o desenvolvimento da região cria barreiras para as ações políticas dos países centrais que necessitam continuar com sua força política na América Latina que, a exemplo do Brasil, amplia suas relações com outras nações, como Ásia, África e regionalmente através do Mercosul. Desta maneira, a batalha de Hugo Chaves e Álvare Uribe transcende a mera aparência dos riscos proporcionados pelas guerrilhas que invadem territórios na região amazônica, colocando em risco a população regional.
Na realidade, num mundo cada vez mais globalizado a formação de blocos define o poder dos envolvidos. Como não há império que se mantenha eternamente, torna-se vital para os Estados Unidos, sobretudo, usar de suas estratégias para a influência cultural, econômica e informacional para a manutenção de uma ordem de resultados.
A propósito a China anunciou hoje (30) que já é o segundo país do mundo, ultrapassado a economia Japonesa, e trabalha com o objetivo de se transformar em primeira potência mundial em 2025, conforme matéria publicada pelo Jornal O Estado de São Paulo. Enquanto isso, o país da América no norte assiste a queda na sua economia em meio a uma crise que se alastra para os seus parceiros, afetando as nações dependentes de sua economia, como é o caso da Colômbia que recebe menos recursos para enfrentar as Forças Armadas Revolucionárias.
A rigor, como as grandes empresas de comunicação da região se posicionam em favor das políticas liberais dos Estados Unidos, evidentemente manterá suas críticas à iniciativa dos países emergentes da América Latina em buscar sua independência da Europa e Estados Unidos. A ruptura, entretanto, é inexorável, considerando a impossibilidade da região voltar ao crescimento pífio do século passado e aumento da pobreza, que assola a região desde a sua descoberta, apesar de suas riquezas naturais e culturais.
0 comentários:
Postar um comentário
Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.