O verdadeiro jornalismo significa questionar assuntos de interesse da sociedade, e não estar condizente com o marketing político do candidato, que almeja a Presidência da República.

Desta forma torna-se redundante dizer que há sotaques em diferentes regiões do país, não somente no centro-oeste. Em essência, nos diversos estados brasileiros os desejos são diferentes, com pensamentos diferentes e, principalmente, realidades diferentes. Apesar do lugar comum, o candidato José Serra (PSDB) não conseguiu enxergar esta complexidade humana pré-histórica.
Na visita a Goiânia, nesta terça-feira (20), o ex-governador de São Paulo fez questão de frisar que o sotaque da Jornalista que o entrevistava seria um dos motivos para não conseguir entendê-la. A experiência do postulante a presidência não o ajudou neste momento de contato com pessoas de diferentes regiões brasileiras, longe da cultura paulista. Além do mais, determinadas frases mal colocadas podem servir, por outro lado, para admoestar o interlocutor, como que a dizer: "tome cuidado" e "não estou gostando de sua postura".
Desta maneira, o discurso em favor da apregoada liberdade de imprensa, tanto discutida pela por alguns jornais paulistas que nos seus editoriais defendem o candidato conterrâneo, parece não fazer sentido. Afinal, o verdadeiro jornalismo significa questionar assuntos de interesse da sociedade, e não condizente estar com o marketing político do candidato, que almeja a Presidência da República.
A jornalista cumpriu com ética a sua missão profissional, entretanto, o candidato como em outros momentos, não sobre distinguir identidade cultural, democracia e direito a informação. Para quem deseja ser o representante de uma nação inteira estas não são características aceitáveis.
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