No
final, a simples reprodução da mídia dos grandes centros econômicos,
não atende os anseios daqueles que passam a conhecer o Brasil
globalizado

O interesse financeiro das empresas de tecnologia, como TV a cabo, artigo de luxo, não serve ao propósito de atender sequer a elite local, pois a falta de informações das operadoras sobre seus produtos é impensada. O sistema de atendimento ao cliente está longe de um país que cuida do bem-estar da população – o qual testamos pessoalmente e nos decepcionamos.
O computador, embora atenda número pequeno de pessoas, se reduz a um equipamento sem necessidade, afinal é preciso conhecer os seus códigos, ainda confuso na sua interação social, para grande número de pessoas. A juventude desfruta do fluxo cibernético de informações, mas com paciência, sem condições de acessar produtos da chamada indústria cultural – imagine os alternativos! -, devido à impossibilidade de downloads eternos.
Para quem vive nas capitais ou cidades polos, talvez não se atente para a falta de assistência de serviço público nas pequenos e até médios municípios deste país. Na era da tecnologia, a ideia de milhares de pessoas em rede ainda é apenas um sonho, que levará décadas para se materializar. Como se tudo conspirasse para a manutenção de um mundo sem transformações interiores, mas de determinações de fora para dentro.
A cultura própria extrapola os muros locais, e se disseminam pelos contatos físicos, na maioria das vezes. Mesmo sem condições para afirmações pontuais é possível avaliar que a desigualdade ainda persistirá por mais tempo, se considerar a perspectiva da informação. No final, a simples reprodução da mídia dos grandes centros econômicos, não atende os anseios daqueles que passam a conhecer o Brasil globalizado. Talvez esta seja uma das explicações para a perda de moradores de municípios brasileiros, principalmente os jovens, obrigados a inserirem-se ao moderno. Pois é.
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