A rigor, não é possível dizer que a maioria é uma massa homogênia, e que alienada não conhece seus interesses e necessidades.
POLÍTICA - Por muito tempo se defendeu a tese de que a massa formada por pessoas alienadas na engrenagem do sistema social, apenas acompanha os interesses de uma elite responsável pela formação cultural, numa realidade disseminada por todo mundo, cujo domínio estaria a cargo dos países com grande poder econômico. Na atualidade o comportamento dos atores se faz outra, pois a concorrência pela busca da audiência nos diferentes meios de comunicação parece acirrada. O discurso de uma elite midiática não parece gerar resultados no se refere ao convencimento da opinião de uma maioria, cada vez mais enigmática.
Podia se imaginar que qualquer veículo de comunicação seria essencial na definição de uma campanha eleitoral, pois quanto mais mensagens favoráveis a um candidato, mais chance este teria para vencer as eleições. No caso brasileiro, o sonho dos conglomerados de mídias seria um governo à semelhança do intelectual e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República. Além da competência com os verbos, se apresenta como um liberal que acredita no desenvolvimento globalizado a partir do consenso das grandes potências mundiais, como foi o caso, da experiência abraçada pelo seu governo das definições do chamado consenso de Washington, que resultou em empobrecimento dos eternos periféricos, então mais endividados, agora até a medula.
O crescimento nas pesquisas de Dilma Rousseff não significa a capacidade da candidata desconhecida do público de enfrentar políticos como Serra, e com chances de vitória. O que está por detrás disso são, exatamente, os interesses particulares dos brasileiros, em sua maioria alijada deste processo econômicos, em escolher alguém que possa apresentar algum retorno para os seus propósitos de sobrevivência. Neste contexto, o posicionamento de um único discurso – o do consenso - em torno de interesses econômicos, reverberados por lógicas políticas conservadoras e da ordem, não conseguem demover uma maioria distante da ficção midiática.
A rigor, não é possível dizer que a maioria é uma massa homogênia, e que alienada não conhece seus interesses e necessidades. As novas tecnologias interferem nestas mudanças? Sem dúvidas, a sociedade recebe informações rapidamente e em mais quantidade a todo instante.
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