A política, de uma forma ou de outra, reverbera os anseios de uma opinião pública, mesmo considerando sua forma instável para apontar rumos.
POLÍTICA - Se analisadas as mudanças ocorridas no cenário político brasileiro, chega-se a conclusão que os partidos de direita, conservadores e resistentes às mudanças na ordem social, com manutenção do status quo, vêm perdendo terreno ano após ano. Como exemplo, o DEM, ex-PFL (que teve origem na antiga Arena - Aliança Renovadora Nacional, base de o governo militar), com sucessiva perda de nomes de seus quadros partidários, é o resultado do desinteresse dos eleitores da formação de uma política hermética para uma sociedade que convive com maior fluxo de informação, e participação na esfera pública.
O escândalo de Brasília, envolvendo o único governador eleito pelo partido, José Roberto Arruda, nessa gestão, e as ameaças de cassação de Gilberto Kassab, prefeito da cidade de São Paulo, somente atesta um momento de decadência dos políticos, que mantêm pensamento reacionário para as inevitáveis mudanças nas relações sociais, principalmente na emergência de uma democracia, a qual tornam uma maioria marginalizada em cidadãos participativos na esfera pública.
A política, de uma forma ou de outra, reverbera os anseios de uma opinião pública, mesmo considerando sua forma instável para apontar rumos. Entretanto, nas últimas décadas o homem comum surpreende aqueles que acreditavam em uma sociedade apenas massificada, uma multidão, que se movimentaria por estímulo e não pela capacidade de escolha.
Em tempos de mudanças sociais, apesar da busca da modernidade, os democratas ainda não conseguiram modificar a sua essência, e ainda parecem não esconder a imagem dos velhos coronéis.
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