Segundo alguns liberais da imprensa, a nação asiática não chegaria à segunda potência econômica mundial se os pais aliviassem os filhos da rigidez nos estudos para uma boa formação, que resultará num profissional integralmente dedicado à produção
DISCURSO - Embora seja um contra senso imaginar que são necessários heróis para as grandes transformações, mas é notória a busca pelos meios de comunicação pelos líderes que fizeram movimentos de mudanças importantes. Seria uma forma de esvaziar a participação social nos processos de alternâncias econômicas e políticas no espaço social local e global. O exemplo recente vem do Egito, onde milhares de manifestantes pedem a saída de Hosni Mubarak, que está há 30 no poder que, estrategicamente, mistura sistema republicano com ditadura política.
Um dos responsáveis pela a insurgência política no país, tem nome, é Wael Ghonim, de 30 anos, diretor de marketing do Google para o norte da África e o Oriente Médio, quem usou as redes sociais para insuflar a juventude contra o atual governo. Um discurso vazio se analisado a partir do tempo que a população do Egito convive com uma política submetida aos interesses dos Estados Unidos e um sistema rígido e autoritário.
Não se trata de heróis, mas de um processo que vem se acelerando ao longo dos anos, que culminou na ação de milhares de insatisfeitos, inclusive como reflexo de enfrentamentos em outras nações vizinhas, cuja região nem sempre foi um lugar estabilidade política.
No final se trata de uma forma de deixar claro que não há racionalidade do público, o que não passa de um amontoado de pessoas respondendo ao comando de líderes bem intencionados. Seria insensato se não fosse uma maneira de formar opinião equivocada sobre o poder das pessoas de resistir ao domínio de grupos econômicos e políticos. Neste sentido, prevalece o ideal das minorias resistente em abrir mão das conquistas, mesmo que com o uso da força, apesar do movimento real no espaço público.
Se não bastasse, nos últimos meses com a inevitável ascensão da China no campo econômico global, os articulistas começam a analisar os modos dos de vida dos chineses que precisam ser seguidos. Dentre eles a determinação ao trabalho e a disciplina com os afazeres econômicos.
Os exemplos da educação e trabalho saltam os olhos. Segundo alguns liberais da imprensa, a nação asiática não chegaria à segunda potência econômica mundial se os pais aliviassem os filhos da rigidez nos estudos para uma boa formação que resultará num profissional integralmente dedicado à produção. Este mesmo discurso foi empregado para destacar a disciplina, em determinado intervalo de tempo, dos japoneses, americanos e ingleses.
O homem permanece sendo tratado como massa de manobra, com o uso do discurso do poder simbólico, ou seja, das palavras para a manutenção de sistemas que se transformam, cujas causas não podem ser vistas claramente.
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