Contudo, as eleições de 2010 já envelheceram. Agora o que conta são os movimentos para 2012, que já começou.
PESQUISAS - Após as eleições inicia-se a discussão sobre as pesquisas, na tentativa de avaliar quem mais acertou no processo eleitoral. Se analisar a partir do candidato eleito não será difícil apontar aqueles que foram mais eficientes, afinal, mantemos a cultura dos vencedores, desconsiderando a importância dos perdedores. A rigor, os benefícios virão de quem estará no poder, e no final é isto o que conta.
Entretanto, o que não se pode fazer, numa análise de qualquer assunto, é simplesmente observar atentamente o que se mostra mais visível. Assim, se alarga o campo de visualização alguns institutos de pesquisa realmente não conseguiram expressar o sentimento dos eleitores, com números muito distantes da realidade, o que certamente foi visto pelo eleitor. Caso contrário, Marconi Perillo (PSDB) teria vencido as eleições ainda no primeiro turno. Não foi o que ocorreu. Desta maneira, o Ibope foi mais eficiente neste momento ao apontar a virada para uma segunda etapa das eleições, embora com larga vantagem tucana. O Serpes, no geral apontava grande margem para a conclusão das eleições em Goiás em 3 de outubro.
No segundo turno, os analistas políticos já imaginavam embate tenso e difícil para Perillo que enfrentaria as duas máquinas públicas, Estado e União, daí se avaliar o crescimento de Íris Rezende (PMDB) e aproximação do adversário, e foi exatamente o que ocorreu. No entanto, as pesquisas se mostram diferentes nos números, pois o Serpes continuou descrevendo reduzida queda de Perillo e o Ibope crescimento e empate de Rezende. Nesta perspectivas o Serpes foi mais eficiente, contudo, em todos os momentos indicou vantagens para os tucanos, considerando a margem de erro, mas favoravelmente, se atentar para a diferença de 5,98% do resultado final das urnas.
O instituto goiano apresentou na última rodada de pesquisa uma diferença entre os candidatos de 8,3%, no geral. Sendo que, relativo aos votos válidos, foram apresentados 54,3% para o tucano e 45,4% para o peemedebista. Ou seja, no final, Perillo teve menos e Rezende mais votos que apontou a empresa de pesquisa – claro, não se esquecendo a margem de erro em torno de 3%, o que é muito alta.
A questão nem é seriedade, pois são empresas reconhecidas, o que sobressai inicialmente é a condição isenta de se observar os anseios populares e, muitas vezes, o posicionamento político que, de alguma forma, faz parte do trabalho do profissional de mídia. Além do que há a necessidade do eleitor de perceber que nem sempre as pesquisas conseguem registrar a sensibilidade da população. Trata-se, portanto, da aferição de um momento, que pode ter sido mudado e "não visto" pelos pesquisadores ao longo das disputas.
Contudo, as eleições de 2010 já envelheceram. Agora o que conta são os movimentos para 2012, que já começou.
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