Os Democratas terão papel importante nesta gestão, cuja parceria se destaca nacionalmente como de sucesso entre os dois partidos.
LEGENDAS - Com o exemplo da política nos Estados Unidos a cúpula do PFL decidiu que teria chegado o momento de mudar de nome para Democratas, numa visão de mais integração com a sociedade, minimizando a visão natural de um partido voltado para a defesa intransigente da agroindústria e ruralistas, mas não conseguiu se transformar com o processo histórico brasileiro e global. Então, a aposta em estar em dois mundos tornou-se insustentável, o que vem causando uma crise que sinaliza para reorganização da legenda. Diferentemente do que ocorreu no Brasil nas últimas eleições, o partido conseguiu ampla votação em Goiás e será uma das forças na base de apoio de Marconi Perillo (PSDB).
Se analisados os discursos de parlamentares democratas há uma grande indecisão, mas é muito provável a unificação DEM e PSDB (parece que a união com o PMDB virou água), o que vai consolidar a legenda como centro-direita, muito definida no país, considerando os discursos de Serra e o grupo que o acompanhou. Em Goiás Marconi Perillo, se submetia a esta lógica, aponta para uma base política mais rígida, de tal ordem que se mostra a formação de um governo com decisões centralizadas para uma administração definida por ortodoxia na economia e social. Afinal, os Democratas terão papel importante nesta gestão, cuja parceria se destaca nacionalmente como de sucesso entre os dois partidos.
Gilberto Kassab (DEM), prefeito de São Paulo, acena mudar de barco, e sinaliza estar na agremiação peemedebista, já nas eleições de 2012, o que favorecerá os petistas que tem interesse em tirar poder dos tucanos paulistas, centro de inteligência do partido nacionalmente.
A mudança de comportamento dos eleitores com os partidos de direita brasileiros vem ocasionando transformação no cenário político nacional, o que deverá ocorrer em Goiás. Mas afinal, quais são os novos postulantes de uma nova proposta de uma política para o estado? Como será a oposição, indispensável pela democracia política.
Sem dúvida, a união partidária em torno dos interesses sociais é uma questão de respeito às comunidades, mas isso não deverá resultará em um conjunto de partidos de diferentes matizes com amizades eternas em médio prazo. Se na imprensa os acordos são de companheiros, nos bastidores devem ser de organização para 2012. As divergências são inevitáveis, arquitetadas a partir de estratégias políticas partidárias. O jogo é duro.
Desta forma, os democratas devem se decidir nos próximos meses qual será o seu futuro. Em Goiás, no entanto, há definições, terá participação importante e de destaque no novo governo, de onde deverá organizar sua representação nacional e mostrar força. Condição que causará saia justa para o PSDB local.
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