Os tempos modernos repetem a modernidade de eras passadas, agora com mais discursos, tecnologia e astúcias.
HONDURAS - A democracia, de fato, está longe de ser realidade, na chamada pós-modernidade, em uma sociedade cujo sistema mistura ficção com realidade, prevalecendo o primeiro, mesmo considerando o sofrimento e alienação de milhares de pessoas. Exemplar é o caso de Honduras, que tem o seu presidente empoçado hoje, Porfírio Lobo, democraticamente, depois da guerra que se travou na política do país, com participação de diversos governos do mundo. Com sempre no final prevaleceu os interesses dos Estados Unidos em apoiar Roberto Micheletti, e o golpe.
O mais inusitado, assunto dos jornais pelo mundo, é que o presidente eleito e deposto Manuel Zelaya foi contemplado pelo congresso do país com anistia política, que se mudará para a República Dominicana. Ou seja, os congressistas locais entendem que o ex-presidente pode deixar Honduras sem ser preso, com tranquilidade, absolvido dos crimes políticos, qual seja, o de tentar promover mudanças na constituição para permanecer no cargo, indefinidamente. Se a moda pega.
Quanto aos militares do golpe contra o presidente, dia 28 de junho, não havia dúvida, estão livres de qualquer punição, afinal, trata-se de uma ação em beneficio do povo, uma necessidade democrática.
Na realidade, o que ocorre em Honduras é a manutenção das forças de grandes potências mundiais que a cada dia passam a definir quais os presidentes podem exercer o poder, que contarão com seu fundamental apoio, ou sofreram impedimento no menor desejo de burlar a ordem estabelecida. Os tempos modernos repetem a modernidade de eras passadas, agora com mais discursos, tecnologia e astúcias.
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