PT NO PODER

Prefeito petista Paulo Garcia(a esquerda) ao lado de Íris Rezende (PMDB)




Chegou à hora de saber se o PT em Goiás tem condições de assumir a liderança do município ou até mesmo do Estado, ou trata-se de uma gestão provisória, puxada pelo bom momento de um presidente popular.


POLÍTICA
- Goiânia sinaliza para alternância de poder no jogo político que se apresenta, pois, com a saída de Irís Rezende(PMDB) e entrada no paço municipal de Paulo Garcia(PT) há uma retomada do Partido dos Trabalhadores na sua luta por mais espaço na capital. Entretanto, o petista não terá facilidades e deverá usar de estratégia para formar uma base sólida, sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da República e com os novos agentes da política em atividade local, a partir de 2011.

Em virtude da campanha a presidência e governador que se avizinham certamente a administração municipal receberá cobranças, temporariamente em conformidade com o pleito eleitoral. Entretanto, passada esta fase as comparações com a administração do PMDB será permanente, o que obriga a atual gestão buscar estratégias no sentido de assegurar o apoio da população local. Talvez seja uma tarefa realmente complexa, pois é notório o conservadorismo, principalmente das lideranças sociais da cidade, formadas por autoridades que resistem as alternativas administrativas, a qual tradicionalmente é governada por conhecidos políticos.

Além de uma forte retórica, o partido dos trabalhadores precisará de unidade, apesar das diferenças de grupos que compõem o partido na região. Sobretudo, muitas ações no sentido de atender pragmaticamente a comunidade, sem o zelo acadêmico que faz parte de alguns nomes do partido, que trazem excesso de debates, os quais, no final, desagradam o cidadão fora das lógicas partidárias. Certamente a conciliação entre a retórica e o universo pragmático será fundamental, sem esquecer-se dos resultados esperados por uma população acostumada com os tocadores de obras.

A partir do ano que vem os adversários, que por ora se mostram preocupados com o pleito eleitoral, evidentemente irão buscar espaços e importância na vida política local. Desta forma, as estratégias traçadas hoje poderão ser importantes no futuro próximo, sem as quais esta será apenas uma fase transitória. Não cabe ao atual prefeito seguir simplesmente o perfil do chefe do executivo anterior, mas apresentar sua forma de governo que o ultrapasse uma administração que está no poder faz longos anos, e tem raízes.
Chegou à hora de saber se o PT em Goiás tem condições de assumir a liderança do município ou até mesmo do Estado, ou trata-se de uma gestão provisória, puxada pelo bom momento de um presidente popular.

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