Política - A discussão em torno da eleição da presidência do Senado sinaliza para a redução de importância do partido, que fica em segundo plano, sendo que as estratégias políticas superam as ideologias partidárias. O governo não quer interferir nesta eleição em razão de entender que o peemedebista José Sarney será uma autoridade que serve aos interesses do governo federal. Com a sua eleição, Luiz Inácio Lula da Silva poderá transitar com mais facilidade no PMDB, com lastros em todo país. Diga se de passagem que Lula se apresenta desvencilhado das indicações petistas em suas decisões políticas.
Tião Viana (PT) - o outro candidato -, por sua vez, carrega o peso partidário dos petistas, sempre reivindicando do governo mudança de posicionamento político e fortalecimento do partido. Portanto, o presidente sofreria mais pressão do PT, o que será diferente com os peemedebistas, que passam a aliado, efetivamente, com Sarney na liderança. Afinal, o PT é governo e deve agir como tal.
A atitude do PSDB de se aliar ao petista Tião Viana vem no sentido de descer do muro, atitude sempre criticada pela sociedade. Entretanto, no fundo, a negociação com a Sarney não serviu aos interesses do partido que vê à sua frente apenas as eleições de 2010, com José Serra como candidato. Lula continua dizendo que Dilma Rousseff será a candidata do governo.
As eleições do ano que vem já começam a se definir a partir da eleição da Câmara e Senado. Todo movimento político serve para marcar território e ganhar terreno numa disputa com muitos lances, em um lugar onde não há santo.
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