Indubitavelmente, determinados grupos têm mais condições de negociação que outros, mesmo considerando a força da opinião pública.
Política - A entrevista de Lula à Folha de S. Paulo causou comoção em todo país, devido às metáforas peculiares ao presidente. Afinal, qual a novidade para os homens que militam na vida política deste país sobre as negociações partidárias? A rigor, muitas delas vão contra os interesses públicos. Embora para o público o fato não seja publicizado, mas parece senso comum na sociedade as trocas de "gentilezas" que se tornam necessárias para a governabilidade no Brasil. Foge a ética, sem dúvida. homem comum sofre as conseqüências sobre este processo? Lógico. O que estanha é o barulho que se faz em torno de algo que se mostra transparente. Talvez a revelação assuste aqueles que não haviam se dado conta dos seus atos.
Disse Lula: “Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste País ou o maior direitista, não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer tem uma diferença do tamanho do Oceano Atlântico. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.” A metáfora denuncia a necessidade de trocas espúrias nas jogatinas políticas, o que certamente desagrada boa parte dos políticos brasileiros, mas desta análise não se pode descartar outros grupos que fazem usos da política para concentrar poder e obter benefícios particulares. Afinal, estado, economia e política são inseparáveis na formação da base de uma sociedade. Portanto, o assunto não se esgota na religiosidade brasileira.
Numa das últimas entrevistas concedidas o importante pensador Octávio Ianni afirmou que os presidentes se tornaram fantoches do poder econômico em todo mundo. Uma frase emblemática que nos leva a pensar sobre a discussão em torno deste assunto, certamente mais complexa, pois, indubitavelmente, determinados grupos têm mais condições de negociação que outros, mesmo considerando a força da opinião pública a exigir alternativas políticas – ou será isto apenas um sonho?
Afinal, a afirmação do presidente causa polêmica somente por desvelar uma realidade que, para alguns, não seria interessante ser discutido pela população eficientemente midiatizada.
1 comentários:
Tá bom! Minha opinião quanto à entrevista do presidente Lula...
Acredito que ele não agiu de má fé, nem de ateísmo ao falar estas frases, pelo contrário, acho que o presidente quis foi mostrar à população que apenas Ele (Jesus Cristo) consegue salvar este país... kkk. Por isso ele se referiu à união com Judas que jamaiisss aconteceu! Agora, brasiileiirross não vamos polemizar coisas bestas!!! kkk...
Tá aí minha opinião.
Sempre visitando e lendo seus posts, professor!!!
Postar um comentário
Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.