O que há, de fato, é o interesse do governo federal em impedir o avanço do tucano Marconi Perillo na política goiana.
POLÍTICA - Uma pergunta: as candidaturas ao governo do estado estão realmente decididas, mais uma vez polarizada entre Marconi Perillo e Iris Rezende? Diante dos movimentos de agentes políticos nas últimas semanas, algo deve estar sendo negociado para o surgimento de novidades, que podem levar a mudanças de cenário. Considerando que a política é dinâmica e nomes que aparecem na esfera regional se relacionam com outras instâncias, nada parece resolvido até aqui.
Importante lembrar que a grande proposta do PSDB, ao eleger o sucessor de Perillo, era exatamente formar palanque para 2010, entretanto, no movimento das pedras no tabuleiro, ocorreu um racha inevitável em função das dificuldades financeiras do estado, que ficou a mercê do governo federal, o qual usa os recursos econômicos como moeda de troca política. A entrada de Henrique Meireles para o PMDB não o tira inteiramente do páreo. A candidatura do presidente do banco central, neste momento parece improvável para alguns analistas, entretanto, não deve ser descartada rapidamente. O que há de fato é o interesse do governo federal, na pessoa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em impedir o avanço do tucano Marconi Perillo na política goiana.
Por outro lado, a relação de Rezende com o governo federal vai além da aparência, pois a rigor, o PMDB está na base do governo e em dívida com Lula em função dos episódios envolvendo Sarney e Renan Calheiros, figura do alto clero da política e do partido, que obteve apoio do Palácio do Planalto, de maneira impopular. Se assim for há espaço para mudanças e novidades até as eleições em Goiás.
O PSDB precisa desbravar um território muito complexo diante da popularidade do presidente e idéias pouco conhecidas pela população brasileira na sua maioria, sobre um projeto liberal, o qual foi investido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que de alguma forma continua apregoando estes ideais em seus textos publicados pela imprensa. Diga-se de passagem, que gera dúvida de sua eficácia neste momento econômico global. José Serra continua alojado confortavelmente em São Paulo, e as próximas eleições dependem dos brasileiros de todos os estados, sobretudo, for do eixo Rio-São Paulo, que se tornam estratégicos.
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