Caso contrário se confirmaria a velha máxima: para os amigos tudo e para os inimigos a imprensa
America Latina - A candidatura ao terceiro mandato de Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, levanta uma questão complicada para a imprensa brasileira. Afinal, ao longo das semanas a imprensa não se mobilizou com criticas contra a intenção do colombiano em permanecer no poder de maneira perene, como foi o caso o caso quando outros presidentes latinos americanos apresentaram a mesma proposta.
Hugo Chaves recebeu uma saraivada de críticas todas as vezes que se pronunciava a respeito do assunto e agia nesta direção, a mesma, hoje, de Uribe. Ideologias a parte, trata-se de dois pesos e duas medidas, que demonstram claramente um projeto de sociedade estabelecido pelas empresas de comunicação, que, na contemporaneidade assume compromissos apenas econômicos sem levar em consideração os interesses sociais, a democracia e a liberdade de expressão fora das mídias.
Se há condenação sobre o rompimento democrático, quando um político assume o governo e quer se perpetuar indefinidamente no poder, o procedimento deveria ser o mesmo para todos os casos semelhantes. Caso contrário se confirmaria a velha máxima: para os amigos tudo e para os inimigos a imprensa.
As palavras ética, democracia e liberdade de expressão passam a ter um único significado: que tem mais condições de dizer aos outros o que é correto, sem na verdade, buscar entender as relações sociais, de maneira pragmática, e, de fato, honesta.
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