Nos dias que passam, o Partido dos Trabalhadores faz-se de morto, com a certeza de que tremular as bandeiras agora significa apear do poder.
Política - A ideologia que sempre se mostrou marca de todos os partido, a cada dia se esvai diante das lutas pelo poder na sociedade moderna. Fora do olhar da sociedade, a guerra se avoluma e ganha quem conseguir se apresentar melhor no palco da representação. O que ocorre hoje no governo é sintomático, afinal, o partido do governo se submete às estratégias políticas como forma de se manter no comando, mesmo que para isso tenha de desdizer discurso anunciados ao longo de sua existência.
Num passado recente não seria possível imaginar que a esquerda fosse apoiar candidatos de direita, ruralistas, por exemplo. A direita fosse cooptar nomes da esquerda num jogo de resultados políticos e de grupos antagônicos. Nos dias que passam, o Partido dos Trabalhadores faz-se de morto, com a certeza de que tremular as bandeiras agora significa apear do poder.
José Sarney esteve ao lado dos militares, realizou um governo questionado pela eficiência, inclusive pelo PT, e é hoje apoiado pelo partido dos trabalhadores, pois de outra forma não teria o PMDB na base política da campanha de Dilma Rousseff – candidata de Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo longe das ideologias do partido, o presidente sabe das armadilhas da oposição contra um governo com alta popularidade, e que, por isso, poderá emplacar um nome desconhecido, sem os cacoetes de velhas lideranças da política brasileira.
A rigor, quais são honestamente os nomes capazes para assumir o governo de uma nação em desenvolvimento, em meio, a complexidade de um mundo em crises econômicas e movimentado pelas novas tecnologias da informação?
O mais cômico e trágico é que o Estado ganha importância na condução da sociedade, seja qual for, no sentido de evitar a desordem e o caos, inclusive no terreno financeiro. Desta forma, a luta se acirra, e partidos buscam uma estratégia conhecida: quem era adulado no passado por conveniência deverá servir como ponta de lança contra o governo atual, mesmo que reproduza, em essência, o comportamento de gloriosos tempos anteriores.
Pode ser paradoxal, mas este é o território da política partidária. Vence quem têm estratégias, mesmo considerando abrir mão da própria identidade para não dar a vez aos adversários, os quais, caso sejam vitoriosos certamente sofrerá, no futuro, com as mesmas armadilhas.
Mas restam salientar dois pontos importantes: não pode esquecer-se do povo que participa do teatro, afinal tem papel principal no espetáculo. É quem paga a conta e sofrerá pela trama dos personagens no poder. Finalmente, em meio a simulacros, muitos homens políticos mantém suas identidades. Sem generalizar.
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