Política e poder: Talvez seja mesmo, o mesmo do mesmo

Desta forma, se persistir a política que se descortina, muitos líderes farão parte de cenas com ações irracionais nos principais canais de comunicação, neste universo que encurta distâncias, devido as novas tecnologias – a rigor, os movimentos sociais estão vivos e se apresentam com vozes e em vários lugares

Conflitos globais – Os assuntos cansam pela repetição, não há dúvida, mas tornam-se, por isso, temas que chamam a atenção pela realidade que incomoda e exige análise constante – por séculos, a vida inteira. Fora disso seria como se entregar à passividade e o “respeito” às atitudes dos outros, contra o bem estar e vontades da maioria. Isso para dizer que, apesar da comunicação, se vive num mundo, muitas vezes, das aparências, no qual os fatos revelam verdades mascaradas por palavras publicadas em jornais, em vídeos; Mas  longe de enganar substancialmente.

A guerra pelo poder, seja pelo econômico ou político, parece evidente se espalhar, e das formas mais variadas. O interessante é que toda vez que uma autoridade diz alguma coisa, sempre se atenta para o que não deve dizer, uma espécie de autocontrole. Caso claro está no ato de invasão dos pequenos países, numa repetição nos últimos anos – perde-se a voz, ganha-se prestígio.

Muamar Kadafi, que se imortalizou no poder da Líbia por 42 anos, não sai de cena somente pelo fato de haver uma revolução de cidadãos inconformados com a política autoritária, afinal, neste sentido os gritos podem ser ouvidos por vários lugares mundo afora, no velho e novo mundo; mas de fato, porque a história sinaliza para a centralidade política e arroxo da ordem mundial.

Como os agentes, que representam determinado pensamento, vão perdendo poder , ou sentem instabilidade no sistema, natural mostrar força, o que deve ser de maneira direta, ou seja, imediata, que sirva de exemplo pelos diversos jogadores políticos. Daí a frase de Barack Obama para que os chefes de governos não democráticos que se cuidem. Necessário entender o conceito de democracia, pois pode trazer no seu enunciado abertura comercial, alinhamento político, “diálogo” com as chamadas nações ricas – dependência, enfim.

Certamente o mundo não ficará melhor com a morte de nomes da política mundial, se não houver uma visão do que seja democracia, a qual venha como sinônimo de liberdade social, considerando importante que todo cidadão tenha direito de comer, dormir, entreter, estar saudável e consciente de suas ações e razão de estar no mundo – e morrer. Fora disso, troca-se lideres autoritários por novos na mesma condição anterior, se considerado como referência a população, mas com diferencial: leais ao sistema vigente, que ainda não se mostrou como saída para a igualdade de condições, com justiça.

Desta forma, se persistir a política que se descortina, muitos líderes farão parte de cenas com ações irracionais nos principais canais de comunicação, neste universo que encurta distâncias, devido as novas tecnologias – a rigor, os movimentos sociais estão vivos e se apresentam com vozes e em vários lugares. Contudo, as últimas notícias se analisadas de maneira detida, realmente, talvez seja mesmo, o mesmo do mesmo.

O universo do Professor


Apesar de todos os problemas da educação, o professor deve comemorar a ruptura que promove a cada dia ao permitir que milhares de pessoas, com direito ao conhecimento, passem a aumentar sua condição de cidadão, com criticidade e mais participação. Não há sofrimento em ser mestre

 

















Educação - Neste dia do professor, comemorado no sábado de descanso, certamente sem muitas festas, vem a tona sempre uma discussão que não se encerra: afinal, qual a razão da pouca valorizado do docente – ou menos do que deveria, de fato ser – no sistema social, pois sempre foi considerado fundamental para a formação de jovens para um país desenvolvido e democrático? As confraternizações mais corriqueiras nas faculdades e universidades do país, nesta data, se resumem, na maioria das vezes, a uma razoável mesa de café, com alguma mensagem ilustrativa no final da sala, cujo otimismo esconde o debate sobre o ensino e seus caminhos. Sempre há uma visível ceia de guloseimas pela frente.

Em fragmentos de textos de sociólogos, não exatamente das faculdades de educação, é possível notar algumas posições que se mostram críveis, as quais analisam a funcionalidade da escola, que se insere nas lógicas de mercado, não diferente de uma grande fábrica de produtos quaisquer. Assim, haverá sempre a necessidade de se evitar o excesso de conhecimento, o qual deve estar dentro dos padrões estabelecidos, pois a crítica às alturas desmobilizaria a ordem social vigente, o que não seria razoável. Há, portanto, um nível de ensino aceitável, acima deste se estabelece riscos desnecessários, diante da possibilidade de desestabilização pela crítica e posições exacerbadas.

Evidenciam as conjecturas, que vem à sombra de um lugar que se tem pouco conhecimento no Brasil, ou não se revela adequadamente, resultando visivelmente no uso político do espaço escolar, como forma de obter votos ou clientes dispostos a fazer parte da massa de trabalhadores bem remunerados. Em essência, a educação é um lugar politizado e serve aos interesses políticos partidários, com pouco investimento e muito discurso de eterno futuro de qualidade.

Ainda, no que se refere à pesquisa, a qual permite a formação do docente, está longe de uma realidade que agrade aqueles que decidem por este caminho. As agências de fomento nunca oferecem o suficiente para o aprimoramento e busca estruturada dos experimentos, cuja seleção de projetos está em sintonia com as demandas circunstancias – difícil análise!

Apesar de todos os problemas da educação, o professor deve comemorar a ruptura que promove a cada dia ao permitir que milhares de pessoas, com direito ao conhecimento, passem a aumentar sua condição de cidadão, com criticidade e mais participação. Não há sofrimento em ser mestre, a relação com os alunos ocorre de maneira dialógica (o que se espera), apesar dos reflexos vividos no campo em decorrência da fragilidade de um sistema fechado e excludente, a começar pelo conhecer, e se encerra no econômico.

Parabéns a todos os professores brasileiros. Possivelmente a riqueza está na materialização do conhecimento de si, do universo (o conhecer a ti-mesmo) e para o outro (na alteridade), capaz de selecionar ideias e ideais, para uma sociedade de riquezas.

Política, pedras pelo caminho


Neste quesito pode surgir a segurança de que não passe de acontecimento efêmero, e deve ser, mas permite imaginar deformações da estrutura, pouco aparentes ainda – ou não, mesmo que se veja – a ponta do iceberg


Movimentos sociais – Não há dúvida que os movimentos sociais, promovidos substancialmente pelos jovens mundo a fora, hoje, representam um momento importante da sociedade moderna. A rigor, são vozes que surgem em favor de um sistema econômico que está – e permanentemente – na contramão de uma globalização que sirva aos interesses do grande número de populares, mas que permite apenas uma porcentagem mínima de cidadãos, de fato, trafegarem pelo globo terrestre, como se o encurtamento das distancias territoriais formasse fisicamente uma aldeia global, na geração de domínio em todas as instancias sociais – poder eficiente. Ao seu alcance todas as novidades e desfrutes de produtividade em ritmo acelerado, enfim um paraíso, o qual seleciona de maneira feroz os iluminados e os produtores.

Uma narrativa de filme, ficcional, mas que no final descortina uma realidade ressurgindo milhares de pessoas nas ruas, numa condição que não atinge apenas seres marginalizados, do submundo, dos guetos periféricos. A principal rua do mercado financeiro tornou-se o cenário para as revoltas, que envolve ficção e realidade em tempos de tecnologia.

A crise mundial não é de hoje, e os movimentos sociais também não surgiram neste século, sempre houve contestações que geraram constrangimentos e depois acomodação – razão pela qual muitos articulistas definem seu posicionamento, diante dos exemplos imediatos. Entretanto, não se pode afirmar que estes foram em vão, além do que fazem parte de um movimento natural, no terreno da prática de relações econômicas – a pobreza é visível para quem vive nela, ou poderá encontra-la pela frente.

Ademais, os tempos atuais se diferenciam do passado, considerando, então, que o estar no mundo é uma realidade vivida por muitos, na marginalidade de um sistema regulador, aqueles do lado de fora, que sempre quiseram participar da festa do desenvolvimento econômico. A tecnologia da informação apresenta a união de desafortunados em diferentes quadrantes para um só lugar de raciocínio. Algo deverá resultar dos movimentos atuais, mesmo que haja tentativa de esvaziá-los politicamente, logo se mostrando-se apenas como fagulhas – a fumaça demonstra índice para fogo.

Vale lembrar que são multidões nas ruas desde o Egito até Wall Street (EUA), passando por países europeus, como Portugal, Espanha, França. São bandeiras que servem as demandas do momento, as quais se relacionam com algo simples: o desejo de um mundo em que, na realidade, haja quinhão na modernidade para comunidades singulares, inteiras, atualmente vivendo papel de coadjuvante, incluída a classe média.

Talvez seja importante a retomada das instituições, no sentido de se adaptarem aos novos tempos de comunicação rápida, numa interação que gera constrangimentos e exigências. Sem dúvida já era sem tempo, afinal foram séculos de pensamento visto como correto de sociedade passiva, vivendo a reboque das decisões centralizadas. Neste quesito pode surgir a segurança de que não passe de acontecimento efêmero, e deve ser, mas permite imaginar deformações da estrutura, pouco aparentes ainda – ou não mesmo que se veja – a ponta do iceberg.

Como estamos no território de negociações duras, difícil saber de antemão as estratégias para a manutenção da ordem. Talvez um remendo aqui e outro acolá, mas fica no ar a substancialidade das vozes que podem falar. A política da economia moderna tem uma pedra pelo caminho.

Político profissional

Assim, o que seria um lugar de diálogo passa a ser de posse, de quem foi eleito “democraticamente”, num sistema que tem vícios previsíveis. Neste sentido, basta ouvir do homem-da-política a frase que não sofrerá punição, pois está rigorosamente dentro da lei. O que, de fato, é verdade

Representações – Mais evidente a cada dia que o mundo político não leva em consideração o pobre do cidadão comum, as pessoas que no dia a dia buscam dar sentido a uma vida em sociedade confusa e difícil para se ordenar e entender. Desta maneira as representações, como os partidos políticos, tornam-se espaços privilegiados para fazer valer os interesses de diferentes grupos, os quais se sentem no direito de expressar suas palavras, defender suas bandeiras, mas é assustador imaginar o descaso com os anseios da população no seu conjunto.

Exemplo disso é o uso da máquina pública em favor de grúpusculos, cuja existência está à milhas de distancia de um trabalhador tradicional. Assim, o que seria um lugar de diálogo passa a ser de posse, de quem foi eleito “democraticamente”, num sistema que tem vícios previsíveis. Neste sentido, basta ouvir do homem-da-política a frase que não sofrerá punição, pois está rigorosamente dentro da lei. O que, de fato, é verdade.

Neste sistema, usar bens públicos, contratar assessores particulares nas suas cidades onde tem base eleitoral, pagar pensão a amantes, etc. se transformam em algo natural, em um mundo no qual existem os que elegem e os eleitos. Há uma verdade que se faz sólida, que a própria comunidade convive e aceita, pois as hierarquias definem seu lugar no espaço público – é mesmo paradoxal. Aqueles atrelados às representações tudo podem, os representados apenas a condição de pagar impostos, manter o erário. Uma realidade clara e transparente no mundo moderno, cuja educação, muitas vezes, tende para manter as lógicas visíveis, distanciando daquilo que teima a se evidenciar na penumbra.

No final, a política se transforma num lugar de profissionais, que usam os meios de comunicação, máquinas públicas e discursos “verdadeiros”, naturalizados para manter o tradicional, que perpassa o coronelismo e logo chega ao moderno, sem desviar das condições de representação – de maneira peculiar -, de fato. O mundo político se volta para si mesmo, sendo que até mesmo as intrigas significam a busca permanente de poder, trocando apenas a ordem dos personagens. Mas é bem verdade, que mesmo os atores sociais, nesta questão não tem sofrido mudanças.

Talvez em essência falte comunicação, cujas informações dependem de negociações que vão além das aparências.

Esperança de Obama

Possível pensar que voz de importantes administradores serve para expressar ideais que não de uma nação, mas de negociadores

Sucessão presidencial - As informações sobre a sucessão presidencial nos Estados Unidos não são favoráveis às pretensões de Barack Obama permanecer no poder. Embora, por se tratar de previsões políticas, nada confiáveis, o novo, a esperança não se materializou na Casa Branca. Entretanto, o que sobressai desta análise é que o governo não é formado de apenas um homem (ou mulher). Por trás da administração pública, a rigor, há interesses os mais diversos, que se tornam insustentável a manutenção no poder, caso as demandas de grupos seletos de uma nação não sejam contempladas, efetivamente.

A negociação de paz significa, também, valiosos resultados econômicos e mais aumento de poder; o discurso proferido em circunstâncias de crise devem atender argumentos já velhos e carcomidos, como estar do lado de países que servem aos propósitos de determinada nação – fora disso é perder visibilidade positiva, com demonstração de fragilidade. Na política as palavras nem sempre são aquilo que normalmente deveriam ser: como no caso de democracia que pode significar a manutenção de um modelo de vida, o qual nem sempre deve oferecer privilégio a todos.

A realidade do mundo moderno sinaliza para transformações sucessivas em outras regiões do mundo, que não apenas os países desenvolvidos, que estão assentados no poder, administrando estrategicamente movimentos externos. A política global vem se acirrando com mudanças inclusive no sistema financeiro, que atualmente se mostra mais favoráveis aos países que produzem também bens de primeira necessidade, matérias vindas da natureza. Possível pensar que voz de importantes administradores serve para expressar ideais que não de uma nação, mas de negociadores que não aparecem diretamente na política do chefe do executivo, mas representa senhores que são a estrutura de governo. Portanto, o mundo é mais complexo do que imaginamos, simplesmente, aqui e acolá.