Críticas de Lula

O caso Celg sem dúvida é uma mácula que atinge os representantes públicos locais e que continua sem os esclarecimentos necessários.

POLÍTICA - Os críticos do governo têm toda razão em afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve, nesta quinta-feira (13), em Goiás para fazer política, apresentar o seu candidato Henrique Meirelles e jogar luzes sobre a candidata Dilma Rousseff e com poucas obras para serem inauguradas. Entretanto, alguns pontos precisam ser destacados: o ingresso na política do Banco Central retira do ostracismo a política goiana, que tem dois rivais que dominam o jogo político do estado há anos, impedido o surgimento de novas lideranças.

Não seria por pura acaso a inserção de novos nomes neste cenário absolutamente centralizado entre algumas figuras conhecidas. Ademais, o caso Celg sem dúvida é uma mácula que atinge os representantes públicos locais e sem esclarecimentos necessários, sendo a conta paga pela população que de fato não participou da festa, que certamente ocorreu.

Na relação com o governo de Lula, Marconi Perillo não foi habilidoso, preferiu jogar tudo em marketing próprio durante o escândalo do mensalão que atingiu diretamente o atual governo, imaginando que poderia atingir destaque nacional. Afinal, a mídia brasileira evidenciava o desenrolar dos fatos, e os personagens ganhavam notoriedade. Não atingiu o objetivo e o governo congelou a mágoa para a eternidade. Na política, por parecer estranho, mas é preciso lisura nas disputas. José Serra, embora faça oposição de quando em quando aparece ao lado do presidente brasileiro. O PSDB, por sua vez não consegue promover uma oposição de sucesso, talvez pelas dificuldades dos integrantes do partido bons guardiãs da coisa pública.

Iris Rezende mostrou habilidade, se aproximou do governo e consegui trânsito fácil em um governo popular que atinge bons resultados na economia nacional. Se não for o candidato ao governo goiano deverá se beneficiar da relação próxima ao governo petista. Mesmo considerando que isto possa criar divisões dentro do PMDB, a exemplo do que ocorre em nível nacional.

Mas o presidente tocou numa ferida que não dolorosa – um discurso estratégico para atingir os adversários: o caso Celg. Afinal, quem são os responsáveis pela dívida? Para onde foi o dinheiro desviado? Seria possível alguém que gastou ilegalmente o dinheiro da estatal continuar como líder político do estado, seja ele quem for? São perguntas difíceis de responder. Entre os políticos do estado parece que há pouco interesse para o tema.

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