Cotas para as universidades

Não é possível considerar capacidade intelectual com condições financeira, simplesmente.


Educação - O governo federal acena a cada dia para a inserção dos estudantes de escolas públicas nas universidades federais. Conforme editorial do Jornal Folha de S. Paulo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou projeto que reserva 10% das vagas no ensino universitário público para pessoas portadoras de deficiência.

A rigor, há uma inversão de valores no ensino brasileiro que se arrasta há décadas, que, embora intrigante, não causou impacto na sociedade, talvez porque privilegie grupos sociais. O ensino fundamental público é ocupado por estudantes com poucos recursos econômicos, sendo que na universidade federal estudantes com maior poder aquisitivo são a maioria – principalmente nos cursos mais concorridos, como medicina, engenharia, direito. Desta forma, quem não tem condições de pagar a mensalidade para o ensino superior investe na graduação em uma escola particular, sendo que continua bancando, através de impostos, o ensino público. Desta forma, as cotas se apresentam como um meio de fazer justiça com grande parte da sociedade brasileira.

Considerando os 10%, caso passe pela burocracia do congresso brasileiro, serão 60% de cotas direcionadas para os estudantes de escolas públicas e pessoas com deficiência.

Sobre a perda de qualidade do ensino público, não parece ser exatamente a questão, considerando que não é possível considerar capacidade intelectual com condições financeira, simplesmente.

Link – Editorial Folha de S. Paulo - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0105200901.htm

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