Não há dúvida que vivemos em mudanças sociais, que advém dos novos, em meio às tecnologias da informação, entretanto, torna-se importante analisar quais os filtros por que passam tais notícias, principalmente as de agências internacionais, passivamente copiadas pelos jornais brasileiros.
Com as novas tecnologias da comunicação o mundo realmente entrou na esfera da aldeia global, conforme percebido pelo canadense Marshall Mcluhan, entretanto, um ponto precisa ser avaliado. Será que as informações ficaram mais seguras nesta chamada pós-modernidade? Possível, analisar os movimentos sociais a partir do que é veiculado pela mídia, inclusive o que se lê na internet? Antes de qualquer resposta é preciso fazer algumas avaliações dos fatos noticiados. Afinal, os meios de comunicação assumem papel sumário na condução do pensamento social neste tempo globalização. De fato, a discussão é complexa.
Nos últimos dias, a agenda estabelecida pela mídia, a rigor, se resume, a escassez de alimentos e a inflação que ronda o mundo, inclusive o Brasil, de triste lembrança. Na semana, surge o caso libertação de Ingrid Betancourt pelo governo de Álvaro Uribe, da Colômbia, resultado de uma guerra, que perdura, contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colômbia). A pergunta que persiste é até onde as informações tratadas têm o crivo de interesses maiores, econômicos e políticos.
No que se refere à informação sobre escassez de alimentos ressalta aos olhos saber que a inflação ressurge no grande desenvolvimento econômico Chinês, instabilidade financeira nos Estados Unidos, mudanças políticas na América Latina, com eleições de governos não alinhados os países centrais com lideranças dos Estadunidenses. Se na década de 1990 tentou-se um acordo que fracassou, o chamado consenso de Washington, em função dos interesses econômicos das nações periféricas não contempladas, a globalização caminha para ser da ordem simbólica, ou seja, muita informação, mas pouco confiáveis em função de uma comunicação mediada a partir de um centro centralizador. Não há dúvida que vivemos em mudanças sociais, que advém dos novos, em meio às tecnologias da informação, entretanto, torna-se importante analisar quais os filtros por que passam tais notícias, principalmente as de agências internacionais, passivamente copiadas pelos jornais brasileiros.
Estanho imaginar que a escassez de alimentos se dá, conforme matérias publicadas, pelo acesso, nos últimos anos, a alimentação por parte de grande número de pessoas dos países pobres. Se antes não comiam adequadamente passaram a ter condições a algumas refeições diárias. No mínimo é estranha esta análise, pois, confirma a existência de uma situação degradante, um mundo entre famintos que se comem passam a gerar quebradeiras econômicas. Talvez a questão esteja na necessidade de especulação e aumento, no sentido de até mesmo dar coesão a um sistema monetário ordenador.
Mas o que chama a atenção, conforme noticiado pelo Jornal Folha de S. Paulo na quinta-feira (03), é a grande coincidência entre a libertação da presa política colombiana Ingrid Betancourt e a presença no país colombiano do candidato John McCain, candidato a presidência da república dos Estados Unidos. Ou seja, mesmo antes de da ação militar ocorrer, o candidato republicano, coincidentemente viajou para o país latino americano, nação que recebe ajuda dos Estados Unidos contra a guerra contras as Farc.
A propósito, não se trata de avaliar a guerra em si,, que sempre esteve presente pelo mundo, mas tão-somente entender, o espaço simbólico que, possivelmente, como está delimitado, respalda as ações políticas e econômicas, mesmo considerando, muitas delas, injustas.
3 comentários:
Muito bom o texto.
Uai, professor não sabia que tinha blog. visitarei sempre e continue mandando teus textos vou lê-los certamente.
Depois dá uma passada pelo meu blog.
Rafael Alencar Rodrigues
Acadêmico do 5º período de jornalismo pela FASAM
http://resumonela.blogspot.com
Li o artigo ontem no DM.
Além de as escolas concorrerem com a tecnologia, outra desvantegem que elas levam é a de tentarem, em vão, empurrar conteúdos que os alunos, devido à idade e a outros fatores, não estão preparados para receber. Um exemplo nítido está em certas matérias presentes nos conteúdo curriculares nos ensinos fundamental e médio , do campo das ciências exatas, que em alguns países só são aplicadas no ensino superior. A escola finge que ensina e o aluno finge que aprende. No fim, os índices, apurados sabe-se lá como, pipocam na TV mostrando que o País está "no caminho certo".
Hola professor parabéns pelo artigo,eu estou de pleno acordo com o seu debate.
Um cordial Abraço
Ireni Rio
Madrid España
Postar um comentário
Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.