Irís Rezende e os ônibus

A sociedade dá o seu recado, primeiro com barulho, depois o silêncio e finalmente o resultado.


Sociedade - Estranha a forma como a prefeitura de Goiânia concede aumento para o transporte coletivo para a capital. Afinal, o preço pago pelo usuário já está alto demais com o valor de R$2,00 e agora terá que desembolsar R$2,25. Um dos bilhetes mais caros do Brasil, numa capital que não está entre as mais ricas do país. Ainda a implantação do sistema City bus, com passagem no valor de R$4,50 está longe da capacidade de gastos de uma minoria da cidade, pois se avaliado numa relação de custos e benefício o carro é mais econômico do que transporte implantado. Um projeto que possivelmente não atingirá o resultado que se espera: reduzir o número de veículos no centro da metrópole. Medidas que podem refletir na popularidade do chefe do executivo que se apresenta candidato às eleições de 2010.

Como em política, os segredos não são midiatizados e o que é revelado para o público, muitas vezes, tem interesses partidários, o fato é que a atitude de Rezende vai de encontro com os interesses políticos de seu grupo. Afinal, o prefeito tem uma larga trajetória no estado que misturam altos e baixos. Está numa grande fase de aceitação popular, entretanto, não se pode esquecer-se de acenar para o público que também sofre com a crise econômica, não somente os empresários - neste caso do setor de transporte urbano.
O sinais são visíveis não somente para a oposição, mas para a coletividade. Durante a semana vários manifestações no centro de Goiânia e nas instituições acadêmicas, com enfrentamento entre estudantes e Polícia Militar, contra o aumento exagerado e fora de sintonia com o momento em que vive a economia mundial. A sociedade dá o seu recado, primeiro com barulho, depois o silêncio e finalmente o resultado.

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