TROCAS PERIGOSAS


JORNALISMO - A utopia de uma sociedade participativa ao que parece vai se materializando mundialmente, com reflexos nos países em desenvolvimento como o Brasil. Entretanto, se o próprio sistema capitalista permite o aumento de percepção do homem sobre a realidade, ao torná-lo consumidor de bens para a informação, há uma força contrária, no sentido de estruturar o espaço social para não fugir de um controle determinante. O fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo vem nesta direção.

Como o Supremo Tribunal Federal entendeu de forma equivocada que o documento poria em perigo a liberdade de imprensa, cabe agora ao parlamento brasileiro analisar e votar a retomada do direito a expressão pela sociedade. A rigor, não há dúvida de que se os donos das grandes empresas de comunicação passam a definir os critérios de escolha de quem é jornalista, evidentemente que a informação será privatizada sem o posicionamento daqueles profissionais formados nos espaços universitários, o qual cabe zelar pela ética e conhecimentos das relações sociais, espaços culturais e democracia, de fato.

Visível, no entanto, a definição política de alguns parlamentares que se posicionam em favor dos proprietários dos grandes conglomerados de informação, como foi o caso de senador que defendeu a manutenção do fim da obrigatoriedade do diploma em votação de PEC no Senado Federal. Atitude que pressupõe interesse de visibilidade nos grandes jornais e revistas brasileiras, num processo de negociação que visa atender interesse destas corporações. Assim, em resumo, determinados políticos de direita ortodoxa, defensor de uma sociedade individualista em detrimento do coletivo, reage à participação efetiva da sociedade nos espaços públicos, estrutura pelo qual, acredita, o manterá no poder de maneira perene.

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Correio Braziliense

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